MINHAS PRÁTICAS DE INCLUSÃO

Desde que tomei conhecimento de que na minha cidade, numa escola estadual, havia uma sala de recursos para atendimento aos alunos com deficiência visual, interessei-me pelo assunto. Depois fiquei sabendo também que na rede da 39ª Coordenadoria haviam sido cadastradas em torno de sessenta pessoas com DV. Nestes nove anos de trabalho junto aos alunos na sala de recursos, acolhi a idéia da inclusão com critérios claramente definidos, discutida em vários níveis, na escola e na sociedade, buscando contribuir para a autonomia dos alunos, sempre tão carentes de ajuda na superação de suas necessidades primordiais. O que considero de suma importância é a afinidade que podemos estabelecer com o aluno deficiente, pois é através desse vínculo de confiança que podemos aguçar seu interesse em promover cada vez mais sua cidadania, na busca de seus direitos primeiros, como documentação, aposentadorias, entre outros. Faço-os saber dos seus direitos, do que a legislação prevê para eles, pois do que eles necessitam é exatamente alguém que os oriente e que ao mesmo tempo os deixem caminhar. Depois, o incentivo à sua participação em cursos, fóruns, encontros, debates, associações, que só vem acrescentar um sabor especial na vida deles, pois sabem que não estão solitários em sua caminhada.

sexta-feira, 25 de março de 2011

ÉTICA

A ética, o professor e a educação especial possibilita a condução da atividade a seguir.
Leia os dois casos relatados e comente, fazendo uma reflexão que inclua os conceitos de ética e da ética do professor.
CASO 1:
Ana é professora há mais de 20 anos. Sente-se cansada pelas condições adversas de seu trabalho: poucos recursos, baixos salários, muitos alunos com dificuldades de aprendizagem e muitos outros “indisciplinados”. Naquele dia, Marcos, um aluno que demonstrava dificuldades para respeitar limites, estava mais agitado. Ana, descontrolada, lhe disse, na frente de todos os colegas, que seus problemas de comportamento tinham origem na sua dinâmica familiar e na sua situação socioeconômica (por não conhecer seu pai e morar na favela).
O que você acha da atitude de Ana? De que outra maneira ela poderia lidar com a situação?
Parece uma situação bem familiar, pois é exatamente o que está acontecendo nas escolas em geral. Mesmo neste contexto difícil em que se encontram as instituições escolares, que considero abandonadas pelos poderes públicos, pois não lhes interessa que as pessoas sejam críticas para que possam ser manipuladas, a professora que tem anos de trabalho e não vai jogar fora seu tempo de serviço foi imprudente e desrespeitosa com Marcos. Ela, falando na frente de todos, usou os problemas sociais e familiares do aluno para, quem sabe, intimidar os demais. Ela deveria conversar em particular com seu aluno, fora da sala de aula, em outro momento, com mais calma, com afetividade, procurando conquistá-lo, tornando-o seu aliado, valorizando-o como uma pessoa capaz de mudar sua história através da aprendizagem, expondo-lhe todas as vantagens que a escola pode lhe proporcionar para seu desenvolvimento como cidadão.

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