MINHAS PRÁTICAS DE INCLUSÃO

Desde que tomei conhecimento de que na minha cidade, numa escola estadual, havia uma sala de recursos para atendimento aos alunos com deficiência visual, interessei-me pelo assunto. Depois fiquei sabendo também que na rede da 39ª Coordenadoria haviam sido cadastradas em torno de sessenta pessoas com DV. Nestes nove anos de trabalho junto aos alunos na sala de recursos, acolhi a idéia da inclusão com critérios claramente definidos, discutida em vários níveis, na escola e na sociedade, buscando contribuir para a autonomia dos alunos, sempre tão carentes de ajuda na superação de suas necessidades primordiais. O que considero de suma importância é a afinidade que podemos estabelecer com o aluno deficiente, pois é através desse vínculo de confiança que podemos aguçar seu interesse em promover cada vez mais sua cidadania, na busca de seus direitos primeiros, como documentação, aposentadorias, entre outros. Faço-os saber dos seus direitos, do que a legislação prevê para eles, pois do que eles necessitam é exatamente alguém que os oriente e que ao mesmo tempo os deixem caminhar. Depois, o incentivo à sua participação em cursos, fóruns, encontros, debates, associações, que só vem acrescentar um sabor especial na vida deles, pois sabem que não estão solitários em sua caminhada.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Papel da Família e da Escola na Integração do Deficiente Visual

O sentido da visão é o mais importante canal de relacionamento dos indivíduos com o mundo exterior. Com sua perda, acontecem também outras perdas: emocionais, de habilidades básicas (mobilidade, execução de atividades diárias), da atividade profissional, da comunicação e da personalidade como um todo.
A perda do sentido da visão é uma experiência extremamente traumática e exige acompanhamento profissional cuidadoso para a pessoa e para a família.
Se acontecer na infância, a deficiência visual trará prejuízos ao desenvolvimento neuropsicomotor, com repercussões educacionais, emocionais e sociais que podem perdurar ao longo da vida se não houver tratamento adequado (reabilitação) o mais cedo possível.
Programas educacionais de Atividades de Vida Autônoma e Social preparam para a vida, capacitando o indivíduo para o prazer da auto suficiência, libertando-o da ajuda e da proteção excessiva e motivando-o para o crescimento pessoal através de exercícios de atitudes e de valores positivos.
O desenvolvimento das habilidades de orientação e mobilidade, parte essencial do processo educacional de qualquer criança deficiente visual precisa começar desde cedo. Em casa, com a ajuda dos pais e mais tarde, na escola, com o professor especializado.
À família, base do desenvolvimento de todo ser humano, cabe a tarefa de oferecer ao deficiente visual condições para o seu crescimento como indivíduo, tornando-o capaz e produtivo, diante da sua realidade, das suas potencialidades e dos seus limites, consciente de que este é uma PESSOA TOTAL, evitando focalizar a atenção na sua condição visual.
A primeira atitude da família deverá ser a crença na potencialidade da criança, considerando-a capaz de estudar, de ser independente, trabalhar ou praticar esportes. Para muitos, porém, a maior dificuldade é a falta de oportunidades.
O diálogo, a troca de experiências, sentimentos e informações entre escola/família, ajuda na compreensão de que é necessário haver este espaço para a construção de novos valores e significados.
Quanto mais cedo a criança deficiente visual for encaminhada aos serviços de atendimento, maiores serão suas possibilidades quanto ao desenvolvimento de seu potencial.
Enfim, ao abrir suas portas igualmente para os que enxergam e aos que não enxergam, a escola deixa de reproduzir a separação entre deficientes e não-deficientes que há na sociedade.
As pessoas deficientes visuais são como você: têm os mesmo deveres, direitos, sentimentos, sonhos e vontades.

AOS AMIGOS QUE ME VISITAM

Fico agradecida às visitas ao blog, as palavras de carinho e incentivo me ajudam a prosseguir. Um grande abraço a todos.

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