O sentido da visão é o mais importante canal de relacionamento dos indivíduos com o mundo exterior. Com sua perda, acontecem também outras perdas: emocionais, de habilidades básicas (mobilidade, execução de atividades diárias), da atividade profissional, da comunicação e da personalidade como um todo.
A perda do sentido da visão é uma experiência extremamente traumática e exige acompanhamento profissional cuidadoso para a pessoa e para a família.
Se acontecer na infância, a deficiência visual trará prejuízos ao desenvolvimento neuropsicomotor, com repercussões educacionais, emocionais e sociais que podem perdurar ao longo da vida se não houver tratamento adequado (reabilitação) o mais cedo possível.
Programas educacionais de Atividades de Vida Autônoma e Social preparam para a vida, capacitando o indivíduo para o prazer da auto suficiência, libertando-o da ajuda e da proteção excessiva e motivando-o para o crescimento pessoal através de exercícios de atitudes e de valores positivos.
O desenvolvimento das habilidades de orientação e mobilidade, parte essencial do processo educacional de qualquer criança deficiente visual precisa começar desde cedo. Em casa, com a ajuda dos pais e mais tarde, na escola, com o professor especializado.
À família, base do desenvolvimento de todo ser humano, cabe a tarefa de oferecer ao deficiente visual condições para o seu crescimento como indivíduo, tornando-o capaz e produtivo, diante da sua realidade, das suas potencialidades e dos seus limites, consciente de que este é uma PESSOA TOTAL, evitando focalizar a atenção na sua condição visual.
A primeira atitude da família deverá ser a crença na potencialidade da criança, considerando-a capaz de estudar, de ser independente, trabalhar ou praticar esportes. Para muitos, porém, a maior dificuldade é a falta de oportunidades.
O diálogo, a troca de experiências, sentimentos e informações entre escola/família, ajuda na compreensão de que é necessário haver este espaço para a construção de novos valores e significados.
Quanto mais cedo a criança deficiente visual for encaminhada aos serviços de atendimento, maiores serão suas possibilidades quanto ao desenvolvimento de seu potencial.
Enfim, ao abrir suas portas igualmente para os que enxergam e aos que não enxergam, a escola deixa de reproduzir a separação entre deficientes e não-deficientes que há na sociedade.
As pessoas deficientes visuais são como você: têm os mesmo deveres, direitos, sentimentos, sonhos e vontades.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
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