MINHAS PRÁTICAS DE INCLUSÃO

Desde que tomei conhecimento de que na minha cidade, numa escola estadual, havia uma sala de recursos para atendimento aos alunos com deficiência visual, interessei-me pelo assunto. Depois fiquei sabendo também que na rede da 39ª Coordenadoria haviam sido cadastradas em torno de sessenta pessoas com DV. Nestes nove anos de trabalho junto aos alunos na sala de recursos, acolhi a idéia da inclusão com critérios claramente definidos, discutida em vários níveis, na escola e na sociedade, buscando contribuir para a autonomia dos alunos, sempre tão carentes de ajuda na superação de suas necessidades primordiais. O que considero de suma importância é a afinidade que podemos estabelecer com o aluno deficiente, pois é através desse vínculo de confiança que podemos aguçar seu interesse em promover cada vez mais sua cidadania, na busca de seus direitos primeiros, como documentação, aposentadorias, entre outros. Faço-os saber dos seus direitos, do que a legislação prevê para eles, pois do que eles necessitam é exatamente alguém que os oriente e que ao mesmo tempo os deixem caminhar. Depois, o incentivo à sua participação em cursos, fóruns, encontros, debates, associações, que só vem acrescentar um sabor especial na vida deles, pois sabem que não estão solitários em sua caminhada.

domingo, 12 de dezembro de 2010

2010 ALUNOS






FALANDO DA ÉTICA DO PROFESSOR

"A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho." Constituição Federal de 1988, art. 205 (os destaques são meus)
A Constituição Federal é clara pois educação é contexto, é o conjunto de ações da família, da sociedade, da instituição escolar e dos poderes públicos.
O professor é autor direto da ação educacional quando se fala em aprendizagem pois irá estimular, desafiar, incentivar o aluno a gostar de aprender para desenvolver-se como pessoa, ser autor de sua história enquanto cidadão e profissional, adquirir competências para enfrentar as dificuldades com conhecimento, clareza e discernimento.
A partir da LDB 5692/77 a qualidade do ensino sofreu marcante queda. Os conteúdos cada vez mais mínimos, os interesses políticos de tornar as pessoas cada vez mais vulneráveis e influenciáveis, contribuiram para que isso ocorresse. E como se não bastasse, a grande mídia atingindo as camadas mais pobres da população, com sua programação influenciando a mediocridade, a superficialidade, invertendo valores, lançando questões sociais importantes sim, mas que a maior parte da população não discute no âmbito familiar.
Mas o que queremos é falar da ética do professor. Se este fizer sua parte que é promover o aluno através da aprendizagem, ajudando-o a ser autônomo, estará sendo ético. Se o aluno não aprendeu. alguém falhou? Sim. Pode ter sido o próprio aluno, o professor, a família, a escola, a sociedade ou o Estado.
Assim como a família tem o dever de cuidar do seu filho, também o Estado tem o dever de cuidar das instituições escolares. Não eu quem pensa assim, está na Constituição Federal.
Se o Estado, nas tres esferas, não promover a educação, logicamente ela não irá acontecer. Se a família, a escola e o professor não se empenharem, em conjunto, a estimular e valorizar as crianças, adolescentes e jovens, é lógico que a aprendizagem poderá não se efetivar.
Mas tenho que falar de ética. Lendo Boing, chamou-me a atenção uma idéia do seu texto
"A profissionalização docente", (2002): "A autonomia no estabelecimento de ensino, colocado como mediador das relações de coletividade profissional, é o maior desafio do profissionalismo." Boing deixa muito claro no seu texto, o papel do professor: "...sustentar suas posições perante a instituição e os pares."
Então o professor é ético quando promove e incentiva o pleno desenvolvimento do seu aluno, quando o ajuda a exercer sua cidadania, quando o estimula a ser crítico pois educar não é apenas cumprir planejamentos e transmitir conteúdos (mínimos) mas sim olhar o aluno como um ser bio-psico-social.

AOS AMIGOS QUE ME VISITAM

Fico agradecida às visitas ao blog, as palavras de carinho e incentivo me ajudam a prosseguir. Um grande abraço a todos.

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