MINHAS PRÁTICAS DE INCLUSÃO

Desde que tomei conhecimento de que na minha cidade, numa escola estadual, havia uma sala de recursos para atendimento aos alunos com deficiência visual, interessei-me pelo assunto. Depois fiquei sabendo também que na rede da 39ª Coordenadoria haviam sido cadastradas em torno de sessenta pessoas com DV. Nestes nove anos de trabalho junto aos alunos na sala de recursos, acolhi a idéia da inclusão com critérios claramente definidos, discutida em vários níveis, na escola e na sociedade, buscando contribuir para a autonomia dos alunos, sempre tão carentes de ajuda na superação de suas necessidades primordiais. O que considero de suma importância é a afinidade que podemos estabelecer com o aluno deficiente, pois é através desse vínculo de confiança que podemos aguçar seu interesse em promover cada vez mais sua cidadania, na busca de seus direitos primeiros, como documentação, aposentadorias, entre outros. Faço-os saber dos seus direitos, do que a legislação prevê para eles, pois do que eles necessitam é exatamente alguém que os oriente e que ao mesmo tempo os deixem caminhar. Depois, o incentivo à sua participação em cursos, fóruns, encontros, debates, associações, que só vem acrescentar um sabor especial na vida deles, pois sabem que não estão solitários em sua caminhada.

sábado, 21 de novembro de 2009

ENCONTRO COM PROFESSORES DA ESCOLA DO PATRONATO SANTO ANTONIO DE CARAZINHO EM 21 DE NOVEMBRO DE 2009


Como uma das ações do projeto da Escola “Eu, agente da linguagem propagador da diversidade”, estivemos participando do encontro com a proposta de levar aos professores nossa experiência como professora de Sala de Recursos para Deficientes Visuais. Em breves palavras, com o auxílio de material de apoio em braile e objetos necessários à sua escrita, demonstramos ao grupo a possibilidade de educar um aluno cego, através do uso do Sistema Braille. Os professores tiveram a oportunidade de questionar, debater, manusear livros, diversos materiais didático-pedagógicos e recursos específicos de uso do deficiente visual. Acreditamos ter contribuído ao oportunizar um debate referente à inclusão do aluno deficiente no ensino regular. Como educadores conscientes do nosso papel, nos angustiamos, temos dúvidas e incertezas e queremos ser ouvidos também. Não basta que a lei exista, seja cumprida e os alunos sejam incluídos no sentido exato da palavra que é conter em, compreender, fazer parte de ou participar de. Pois abordar a inclusão é referir-se ao aluno que está contido na escola, com o seu potencial necessário de contribuição, sendo um agente participador do projeto pedagógico desta escola. Esperamos que muitos encontros como este aconteçam pois são necessários para a formação dos professores que poderão ver nessas discussões uma pequena luz no fim do túnel.

AOS AMIGOS QUE ME VISITAM

Fico agradecida às visitas ao blog, as palavras de carinho e incentivo me ajudam a prosseguir. Um grande abraço a todos.

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