sexta-feira, 21 de agosto de 2009
AULA DE FÍSICO-QUÍMICA COM MATERIAIS ADAPTADOS PARA DEFICIENTES VISUAIS
Para os alunos deficientes visuais será apresentado o gráfico em relevo produzido em Thermoformcom caracteres em braile (fonte: Instituto Benjamin Constant, RJ):
Introdução
A Função (Matemática) f: D → Y é uma lei que associa elementos de um conjunto D, chamado domínio da função, a elementos de um outro conjunto Y, chamado contradomínio da função. Costuma-se denotar por f(x) o elemento que a função f associa ao elemento x:
f: x E D --> Y = f(x)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Função
Com esta aula pretendemos demonstrar através do gráfico da função de 1º Grau onde os valores afixados ao eixo das abscissas terão seus correspondentes no eixo das ordenadas (domínio – contradomínio), de que forma poderemos representar graficamente fatos do quotidiano.
Ressaltamos a necessidade do uso e adaptação de matériais táteis para alunos com deficiência visual.
Processo
Demonstração aos alunos de como montar o gráfico de uma função qualquer a partir do exemplo dado de uma função qualquer.
Este gráfico foi construído a partir de matériais simples como cola relevo preta, fios de lã, grãos de arroz pintados com esmalte vermelho e bolinhas de EVA.
Tarefas
a) Partindo da função do 1º Grau f(x) = 2x, indique o contradomínio da x, e represente gráficamente.
b) Determine o número de átomos de oxigênio existentes nas moléculas a seguir, representando através de gráfico:
1) O
2) O2
3) O3
Para a realização das tarefas será apresentado ao aluno com deficiência visual um modelo com textura preparado previamente pelo professor.
Avaliação
Será avaliada a participação dos alunos, e sua capacidade na realização das tarefas.
Conclusão
Concluimos com esta aula que existe a possibilidade de aprendizagem a todos os alunos, inclusive os com deficiência visual, desde que sejam utilizados materiais e recursos adequados à sua necessidade, através de seleção, adaptação ou confecção de recursos didáticos específicos.
Veja em:
http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_izquierda_w.php?id_actividad=13119&id_pagina=1
Introdução
A Função (Matemática) f: D → Y é uma lei que associa elementos de um conjunto D, chamado domínio da função, a elementos de um outro conjunto Y, chamado contradomínio da função. Costuma-se denotar por f(x) o elemento que a função f associa ao elemento x:
f: x E D --> Y = f(x)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Função
Com esta aula pretendemos demonstrar através do gráfico da função de 1º Grau onde os valores afixados ao eixo das abscissas terão seus correspondentes no eixo das ordenadas (domínio – contradomínio), de que forma poderemos representar graficamente fatos do quotidiano.
Ressaltamos a necessidade do uso e adaptação de matériais táteis para alunos com deficiência visual.
Processo
Demonstração aos alunos de como montar o gráfico de uma função qualquer a partir do exemplo dado de uma função qualquer.
Este gráfico foi construído a partir de matériais simples como cola relevo preta, fios de lã, grãos de arroz pintados com esmalte vermelho e bolinhas de EVA.
Tarefas
a) Partindo da função do 1º Grau f(x) = 2x, indique o contradomínio da x, e represente gráficamente.
b) Determine o número de átomos de oxigênio existentes nas moléculas a seguir, representando através de gráfico:
1) O
2) O2
3) O3
Para a realização das tarefas será apresentado ao aluno com deficiência visual um modelo com textura preparado previamente pelo professor.
Avaliação
Será avaliada a participação dos alunos, e sua capacidade na realização das tarefas.
Conclusão
Concluimos com esta aula que existe a possibilidade de aprendizagem a todos os alunos, inclusive os com deficiência visual, desde que sejam utilizados materiais e recursos adequados à sua necessidade, através de seleção, adaptação ou confecção de recursos didáticos específicos.
Veja em:
http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_izquierda_w.php?id_actividad=13119&id_pagina=1
UM RELATO SIGINFICATIVO
Joel Antonio de Oliveira, “Seu Joel”, diz ter de 15 a 20% de resíduo visual, não consegue contar dedos há mais ou menos um metro, é Conselheiro Fiscal da Associação Carazinhense de e para Deficientes Visuais - ACADEV da qual é ex-presidente. Acometido de retinose pigmentar, abandonou os estudos na 5ª série do Ensino Fundamental, e foi aposentado por invalidez aos 30 anos, após dois anos de peregrinações com afastamentos do trabalho. Trabalhava como mecânico, diz que era o “braço direito” do seu empregador.Os médicos não o liberavam para voltar ao trabalho e não lhe dispensavam tratamento médico. Então foi encaminhado para exames em Curitiba sendo finalmente, aposentado.
Sua reação ao ser aposentado – o que atestou sua deficiência - foi de inconformidade, então foi buscar ajuda em São Paulo. Viajou sozinho e andou muitas horas a pé, perguntando pela Av. São João para encontrar o endereço da clínica onde foi procurar tratamento. Lembra de ter procurado placas dos números dos prédios e ao conseguir ler um número mais baixo, era aproximadamente 5.000 e o número do endereço que procurava da era 100.
Bem humorado, diz que nada o incomoda por ser um cego legal, pois assumiu sua deficiência, locomove-se independentemente, sem auxílio da bengala longa, mas evita locais estranhos e saídas à noite sem um acompanhante.
Perde a capacidade visual ao adentrar em um ambiente fechado em dias de sol, pois seus olhos precisam adaptar-se à mudança brusca de luz. Diz que soube que existem uns óculos que filtram a luz, para ser usado inclusive à noite, evitando esse choque diante da mudança de um ambiente muito claro para um mais escuro ou vice-versa.
Cita as dificuldades ou barreiras como a falta de acessibilidade em órgãos públicos de nossa cidade, tais como INSS, Estação Rodoviária e inclusive na Prefeitura Municipal. Em relação às vias públicas enfatiza as calçadas destruídas, placas nas calçadas com cores neutras, sem contraste, difícil acesso aos transportes, falta de áudio nos coletivos urbanos, portões de garagem que abrem para a rua sem sinalização sonora, entre outros. Relata que consegue ler placas quando estas são baixas, na altura dos seus olhos.
Enfatiza que as pessoas com deficiência visual assustam-se diante de certos obstáculos, pois somente se dão conta quando estão muito próximos e esbarram neles.
Relata ter passado por uma situação muito estranha quando se deslocava por uma calçada em direção à sua residência. Policiais armados estavam revistando bandidos que estavam com as mãos na parede e ele passou entre estes e os policiais. Só deu-se conta depois de ter passado.
Cita o constrangimento por que passa quando pessoas conhecidas o chamam de orgulhoso, pois ele passa pelas pessoas e não as enxerga. Sua audição perfeita o ajuda, se as pessoas falam, ele escuta. Relata uma situação em que uma pessoa ofereceu-lhe carona e ele não sabia quem era, mas como a pessoa dirigiu-se a ele com intimidade e sabia onde era sua casa, ele aceitou a ajuda. Diz sentir essa barreira interna que é a de não consegui expressar para as pessoas que não sabe com quem está falando.
Hoje, tem consciência da sua dificuldade visual e sente-se muito feliz em poder fazer uso das tecnologias disponíveis, na computação sonora, recursos de ampliação, lupa eletrônica, a possibilidade da aprendizagem do braile.
Diz que um médico lhe falou após um exame, que perdeu a visão central “de dentro para fora”, isto é, perdeu inicialmente a visão central de ambos os olhos.
Apesar de sentir que sua acuidade visual está diminuindo, “Seu Joel” é uma pessoa feliz, que tem energia suficiente para passar aos deficientes visuais mais jovens e inexperientes e que também passam por dificuldades tão grandes como as que ele enfrentou.
Sua reação ao ser aposentado – o que atestou sua deficiência - foi de inconformidade, então foi buscar ajuda em São Paulo. Viajou sozinho e andou muitas horas a pé, perguntando pela Av. São João para encontrar o endereço da clínica onde foi procurar tratamento. Lembra de ter procurado placas dos números dos prédios e ao conseguir ler um número mais baixo, era aproximadamente 5.000 e o número do endereço que procurava da era 100.
Bem humorado, diz que nada o incomoda por ser um cego legal, pois assumiu sua deficiência, locomove-se independentemente, sem auxílio da bengala longa, mas evita locais estranhos e saídas à noite sem um acompanhante.
Perde a capacidade visual ao adentrar em um ambiente fechado em dias de sol, pois seus olhos precisam adaptar-se à mudança brusca de luz. Diz que soube que existem uns óculos que filtram a luz, para ser usado inclusive à noite, evitando esse choque diante da mudança de um ambiente muito claro para um mais escuro ou vice-versa.
Cita as dificuldades ou barreiras como a falta de acessibilidade em órgãos públicos de nossa cidade, tais como INSS, Estação Rodoviária e inclusive na Prefeitura Municipal. Em relação às vias públicas enfatiza as calçadas destruídas, placas nas calçadas com cores neutras, sem contraste, difícil acesso aos transportes, falta de áudio nos coletivos urbanos, portões de garagem que abrem para a rua sem sinalização sonora, entre outros. Relata que consegue ler placas quando estas são baixas, na altura dos seus olhos.
Enfatiza que as pessoas com deficiência visual assustam-se diante de certos obstáculos, pois somente se dão conta quando estão muito próximos e esbarram neles.
Relata ter passado por uma situação muito estranha quando se deslocava por uma calçada em direção à sua residência. Policiais armados estavam revistando bandidos que estavam com as mãos na parede e ele passou entre estes e os policiais. Só deu-se conta depois de ter passado.
Cita o constrangimento por que passa quando pessoas conhecidas o chamam de orgulhoso, pois ele passa pelas pessoas e não as enxerga. Sua audição perfeita o ajuda, se as pessoas falam, ele escuta. Relata uma situação em que uma pessoa ofereceu-lhe carona e ele não sabia quem era, mas como a pessoa dirigiu-se a ele com intimidade e sabia onde era sua casa, ele aceitou a ajuda. Diz sentir essa barreira interna que é a de não consegui expressar para as pessoas que não sabe com quem está falando.
Hoje, tem consciência da sua dificuldade visual e sente-se muito feliz em poder fazer uso das tecnologias disponíveis, na computação sonora, recursos de ampliação, lupa eletrônica, a possibilidade da aprendizagem do braile.
Diz que um médico lhe falou após um exame, que perdeu a visão central “de dentro para fora”, isto é, perdeu inicialmente a visão central de ambos os olhos.
Apesar de sentir que sua acuidade visual está diminuindo, “Seu Joel” é uma pessoa feliz, que tem energia suficiente para passar aos deficientes visuais mais jovens e inexperientes e que também passam por dificuldades tão grandes como as que ele enfrentou.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
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AOS AMIGOS QUE ME VISITAM
Fico agradecida às visitas ao blog, as palavras de carinho e incentivo me ajudam a prosseguir. Um grande abraço a todos.