MINHAS PRÁTICAS DE INCLUSÃO

Desde que tomei conhecimento de que na minha cidade, numa escola estadual, havia uma sala de recursos para atendimento aos alunos com deficiência visual, interessei-me pelo assunto. Depois fiquei sabendo também que na rede da 39ª Coordenadoria haviam sido cadastradas em torno de sessenta pessoas com DV. Nestes nove anos de trabalho junto aos alunos na sala de recursos, acolhi a idéia da inclusão com critérios claramente definidos, discutida em vários níveis, na escola e na sociedade, buscando contribuir para a autonomia dos alunos, sempre tão carentes de ajuda na superação de suas necessidades primordiais. O que considero de suma importância é a afinidade que podemos estabelecer com o aluno deficiente, pois é através desse vínculo de confiança que podemos aguçar seu interesse em promover cada vez mais sua cidadania, na busca de seus direitos primeiros, como documentação, aposentadorias, entre outros. Faço-os saber dos seus direitos, do que a legislação prevê para eles, pois do que eles necessitam é exatamente alguém que os oriente e que ao mesmo tempo os deixem caminhar. Depois, o incentivo à sua participação em cursos, fóruns, encontros, debates, associações, que só vem acrescentar um sabor especial na vida deles, pois sabem que não estão solitários em sua caminhada.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A viagem fantástica


Acordar depois de duas semanas e sair de casa. Verificar que o mundo continua, mas de um modo surreal: pessoas mascaradas para evitar o contágio pelo vírus H1N1.

Resolvo viajar... nas ruas, rodoviárias, nos ônibus... máscaras em profusão.

A princípio acho graça, considero a atitude extremista de pessoas acometidas de pânico ou hipocondria.

Um clima de pós guerra nuclear. Exagero? Estarei sonhando?

Aos poucos, vou entendendo a realidade. Há uma epidemia... há pessoas preocupadas com a sua saúde e com a saúde dos demais.

Quem sabe, possamos repensar na higiene mais simples que é o cuidado com as mãos... fácil, fácil...

Procurar culpados? Governos irresponsáveis com a saúde... laboratórios que criaram o vírus a partir de cepas da gripe espanhola, aviária e suína (que nome sugestivo!). Alguém lucrará com isso!

Receber notícias alarmantes? Evitar “assuntar” com amigos preocupados e dizer-lhes que não se deixem levar por “influências”.

As pessoas se afastando, desconfiadas, evitando contatos...

O isolamento em massa.

O retorno do homem ao seu íntimo, aprendendo a conviver com sua solidão.

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