Acordar depois de duas semanas e sair de casa. Verificar que o mundo continua, mas de um modo surreal: pessoas mascaradas para evitar o contágio pelo vírus H1N1.
Resolvo viajar... nas ruas, rodoviárias, nos ônibus... máscaras em profusão.
A princípio acho graça, considero a atitude extremista de pessoas acometidas de pânico ou hipocondria.
Um clima de pós guerra nuclear. Exagero? Estarei sonhando?
Aos poucos, vou entendendo a realidade. Há uma epidemia... há pessoas preocupadas com a sua saúde e com a saúde dos demais.
Quem sabe, possamos repensar na higiene mais simples que é o cuidado com as mãos... fácil, fácil...
Procurar culpados? Governos irresponsáveis com a saúde... laboratórios que criaram o vírus a partir de cepas da gripe espanhola, aviária e suína (que nome sugestivo!). Alguém lucrará com isso!
Receber notícias alarmantes? Evitar “assuntar” com amigos preocupados e dizer-lhes que não se deixem levar por “influências”.
As pessoas se afastando, desconfiadas, evitando contatos...
O isolamento em massa.
O retorno do homem ao seu íntimo, aprendendo a conviver com sua solidão.
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